O século XX presenciou o desenvolvimento de quatro aspectos importantes na história da música:
- O sempre crescente espírito nacionalista;
- O aparecimento de importantes compositores norte-americanos e latino-americanos;
- A ascensão de estilos internacionais na música, pela primeira vez desde o período clássico do século XVIII;
- A procura de novos princípios harmónicos que substituíssem a harmonia tradicional de tónica-dominante.
O Nacionalismo tornou-se marcante na música espanhola. Os compositores soviéticos, dominados pelo governo comunista, criaram uma perspectiva oficialmente anti-romântica, conhecida como realismo socialista.Os mestres húngaros escreveram obras calcadas em canções folclóricas mas com um estilo pessoal.
Novos compositores americanos começaram a expressar ideias de vanguarda de muita importância na música do século XX. A América Latina produziu compositores muito importantes como o mexicano Carlos Chávez e o brasileiro Heitor Villa Lobos.
Estilos internacionais. No início do século XX surgiu o Impressionismo, criado na França por Claude Debussy e mais tarde com Maurice Ravel. O compositor russo Igor Stravinsky, foi um inovador por excelência, criando vários estilos musicais. Suas criações levaram-no do nacionalismo e neoclassicismo até as composições dodecafónicas. Os primeiros balés de Stravinsky, especialmente A Sagração da Primavera, foram logo aceitos como clássicos contemporâneos.
Novos princípios harmónicos: os músicos acreditavam que já haviam esgotado todos os recursos do sistema tónica-dominante e sentiam que a música precisava de uma estrutura harmónica nova. Muitas inovações foram feitas e despertaram uma reacção violenta de protesto, tanto do público como de compositores conservadores e críticos. Fizeram experiências de atonalidade e de politonalidade (duas ou mais tonalidades mesmo tempo).Na década de 60, o nacionalismo deixou de representar uma força na música erudita. O mundo musical apresentava uma situação semelhante ao século XVII, quando estilos internacionais dominavam o cenário musical e compositores das mais diversas procedências e escolas podiam compartilhar dos mesmos pontos de vista artísticos. Nos países comunistas, o realismo socialista era o estilo oficial.
Alguns compositores continuaram a criar dentro dos conceitos de harmonia diatónica ou cromática. Ampliaram os limites de sistema harmónico de tónica-dominante, sem o destruir. Embora fossem combatidos por críticos e outros compositores, que os acusavam de conservadores, conseguiam obter o aplauso de um grande público amante da música. Vários compositores ocasionalmente omitiram o intérprete em favor da música electrónica, que aumentou muito as possibilidades técnicas abertas ao compositor e à expressão musical.
Stockhausen e John Cage tornaram-se figuras importantes na criação e desenvolvimento da música aleatória ou improvisada. Ao contrário da música electrónica, a música aleatória depende principalmente do intérprete. O compositor propõe alguns elementos rítmicos, harmónicos e melódicos e o intérprete a partir daí, cria sua própria interpretação. Por este motivo, não existem duas execuções iguais da mesma composição aleatória.
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